Os trabalhadores da Mina Cruz de Malta, em Treviso, estão com os trabalhos paralisados nesta segunda-feira. O motivo é a morte do operário Rodrigo Oliveira Floriano, de 28 anos, durante o expediente na última sexta-feira. Este é o segundo acidente na mesma mina nos últimos meses.
Segundo o representante dos trabalhadores e secretário geral do Sindicato dos Mineiros, Leonor José Rampinelli, serão 24 horas de paralisação. “Esta paralisação é para que os mineradores tenham consciência de que a vida dos trabalhadores vem em primeiro lugar. A gente pede mais atenção com a segurança de quem trabalha na mina”, explica.
Rampinelli diz que, por ser tratar de um trabalho perigoso, o nível de segurança tem que ser alto. “Tem que ter todos os tipos de equipamentos de segurança durante as 24 horas de serviço. Desde que a NR-22 (norma regulamentadora de segurança e saúde ocupacional na mineração) entrou em vigor, apenas 50% dela vem sendo cumprida. A Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) tem que modificar o processo de segurança, pois do jeito que estava sendo feito já deu de ver que não funciona”, considera.
Pela manhã, foi realizada uma reunião entre os integrantes da Cipa e o conjunto de trabalhadores que estava no local na hora do acidente. Na parte da tarde, técnicos do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), juntamente com representantes do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e do Sindicato dos Mineiros farão uma vistoria na mina a respeito da segurança.
Empresa diz cumprir a todos os requisitos da NR 22
A Rio Deserto, empresa responsável pela Mina Cruz de Malta, por meio de sua assessoria de imprensa afirma que cumpre a todos os requisitos da NR 22 relacionados à sua atividade. Informa ainda que está recebendo comitiva formada por representantes do Ministério Público do Trabalho, Sindicato dos Mineiros e DNPM, com acompanhamento de técnicos da empresa, para investigação do acidente ocorrido na última sexta-feira. Até o momento, as informações que a empresa tem é de que foi um atropelamento.
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